Dr. Celso Dellagiustina Filho

  • Formado pela UFPR,
  • Especialista em Ortopedia e Traumatologia pela UFPR
  • Membro titular da SBOT
  • Pós graduado pela UFPR em Cirurgia de joelho / Medicina Esportiva
  • Membro titular da SBCJ
  • Pós graduado em Longevidade Saudável e membro da sobraf

Aos 17 anos, após um período muito intenso de estudos no terceiro ano do segundo grau, passei no vestibular de medicina na UFPR. Durante o andamento da faculdade no decorrer de 6 anos de estudos e pela grande afinidade com esportes, me identifiquei com a especialidade em Ortopedia e Medicina Esportiva.

Desde a minha formação as coisas foram acontecendo naturalmente na minha vida de acordo com meus anseios. Assim ingressei na Residência de Ortopedia e Traumatologia e após término ingressei na pós graduação de cirurgia de joelho/medicina esportiva, ambas também pela Universidade Federal do Paraná. Há poucos anos, abriu mais um chamado para minhas escolhas. Após o nascimento de minha filha com Trissomia do 21, em busca de hábitos mais saudáveis de vida, optei por realizar outra Pós Graduação (Longevidade Saudável), em que me identifiquei com a idéia principal de promoção da saúde e medicina preventiva, analisando o paciente como um todo.

Especialidades

Ortopedia

Especialista em joelho.

Medicina Esportiva

Tratamentos de lesões no esporte, prevenção de lesões e melhora da performance no esporte.

Medicina Preventiva

Cuidar e preservar a saúde para a prevenção das doenças do envelhecimento/crônicas degenerativas

Cirurgias

Ênfase em cirurgias do joelho, como:

  • Cirurgia de videoartroscopia de joelho para tramento de lesões ligamentares, meniscais e de cartilagem.
  • Cirurgia de prótese de joelho para tratamento de artrose avançada.
  • Cirurgia para tratamento de lesões relacionadas aos esportes.
  • Cirurgias para tratamento de fraturas ortopédicas.

Pequenos Procedimentos

  • Infiltrações articulares, como forma de tratamento de doenças, tais como: Artrose, (artrites), tendinopatias, sinovites etc.
  • Drenagens/punções articulares.
  • Avaliação da composição corpórea, através do exame de bioimpedância.

Ultrassom

O ultrassom para intervenção e uma técnica usada para procedimentos minimamente invasivos, como infiltrações articulares, músculo- tendíneas e bloqueios de nervos. Ele permite ao médico visualizar em tempo real as estruturas internas do corpo, como articulações e tecidos moles, auxiliando na precisão do direcionamento do tratamento dessas lesões. Resultando em procedimentos mais seguros e eficazes, com menor desconforto para o paciente.

bioimpedância

Bioimpedância é uma técnica que mede a resistência elétrica do corpo para estimar a composição corporal, incluindo o percentual de gordura, músculo e água. O procedimento é não invasivo, com a facilidade de uso e a capacidade de fornecer informações sobre a saúde geral e o condicionamento físico.

onda de choque (ESWT)

A terapia por ondas de choque (ESWT) é um tratamento não invasivo que utiliza ondas acústicas de alta energia para estimular a cicatrização de tecidos e reduzir a dor em áreas afetadas, como tendões e músculos. Suas indicações incluem o tratamento de tendinites crônicas, fascite plantar, calcificações e pontos de gatilho, entre outras condições musculoesqueléticas.

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(47) 99625-6090

Rua Miguel Matte, 687 – Pioneiros

em Balneário Camboriú – SC

Segunda a sexta das 8:30 às 12:00 e 14:00 às 18:00

Dúvidas frequentes

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O que devo fazer no pós operatório de cirurgia de joelho?

Uma das dúvidas mais recorrentes em relação ao pós operatório de cirurgias de joelho é como se procede a recuperação.

Existe um DOGMA que para não “ estragar” a cirurgia o paciente deve ficar com a perna imobilizada em repouso absoluto na cama

. O motivo desse pensamento é bem explicado. Historicamente as lesões ortopédicas por muito tempo ,em grande parte foram tratadas com gesso , imobilizando os membros! Além disso acredita-se que ficar com o membro paralisado o paciente sentirá menos dor.

Nas últimas décadas com a melhoria das técnicas cirúrgicas e tratamentos minimamente invasivos , como a #artroscopia, esse conceito mudou!

Na imensa maioria das vezes a reabilitação pós #cirurgiadejoelho deve ser baseada na MOBILIZAÇÃO PRECOCE do membro, tão logo seja possível, inclusive no mesmo dia que foi realizada a cirurgia

Os benefícios são inúmeros , dentre eles os principais:

Risco de tromboembolismo, atrofia e encurtamento muscular, dor (isso mesmo, a dor que se tem para movimentar o joelho certamente será menor do que a dor que pode ocorrer caso o paciente fique longo período imobilizado) e de ARTROFIBROSE ( situação em que o joelho apresenta uma perda parcial do movimento. Essa rigidez do movimento acontece muitas vezes com perda da extensão, fazendo com que o paciente tenha grande dificuldade de marcha por um “encurtamento” da perna).

Dicas básicas:

estímulo precoce para dobrar e esticar o joelho

em repouso ,manter a perna esticada e elevada

Marcha imediata com muletas simulando ao máximo uma caminhada normal.

:pergunte ao seu cirurgião quais as peculiaridades da sua reabilitação, pois existem obviamente questões INDIVIDUALIZADAS ;

faça uma reabilitação com os cuidados e orientações de um #fisioterapeuta,peça fundamental para o sucesso do procedimento.

Lembre-se: movimento é vida e a chave mestra

para uma boa recuperação pós operatória

Por que temos artrose quando envelhecemos?

Apesar de ser multifatorial, é fato que um dos principais fatores para o desenvolvimento da ARTROSE seja o envelhecimento! Mas você sabe como o ENVELHECIMENTO contribui para o desenvolvimento da ARTROSE?

A resposta a essa pergunta , decorre do fato de que o envelhecimento gera um estado inflamatório crônico ,que tem sido chamado de INFLAMMAGING. Ou seja , o envelhecimento faz com que o indivíduo gradualmente apresente um aumento dos níveis inflamatórios que o coloca em risco de desenvolver as doenças crônico degenerativas, dentre elas a ARTROSE!

-Há uma alteração dos controles das vias metabólicas ,endócrinas , imunológicas ,que se correlacionam, fazendo com que as pessoas fiquem em um estado INFLAMATÓRIO gerador de doenças crônicas.

-As alterações ocorrem em âmbito celular, tais como: instabilidade dos genes com perda do controle de morte celular programada e disfunção das mitocôndrias , gerando a SENESCÊNCIA / ENVELHECHIMENTO CELULAR, aumentando os radicais livres e citocinas inflamatórias ,gerando assim a INFLAMAÇÃO DE BAIXO GRAU, que afeta a articulação por via sistêmica e local.

Fatores inflamatórios como PROTEÍNA C REATIVA(PCR) , INTERLEUCINA (IL-6) 6 E FATOR DE NECROSE TUMORAL (TNF ALFA) , são biomarcadores do INFLAMMAGING, correlacionando o aumento desses com a ARTROSE. Além dessas citocinas , existem aumento de enzimas conhecidas como METALAPROTEINASES , que degradam a matriz cartilaginosa.

Um dos mecanismos principais, decorre de que no envelhecimento ,há uma perda da massa muscular (sarcopenia) ,que possui uma ação protetora e anti inflamatória ,e aumento de tecido adiposo , que induz à produção de INFLAMAÇÃO.

Aí vem a pergunta : se o envelhecimento é inevitável como evitar a ARTROSE?Basicamente controlando o grau da INFLAMAÇÃO! Por se tratar de uma INFLAMAÇÃO DE BAIXO GRAU, o processo de agressão à cartilagem é lento e não causa sintomas por muitos anos.

Lembrem -se do mais importante: O processo de inflamação durante o envelhecimento é acelerado PRINCIPALMENTE pelos maus hábitos de vida!!

Fonte : doi.org/10.1016/j.joca.2015.01.008

Lesão de ligação cruzado anterior, quando operar?

A ruptura do Ligamento Cruzado Anterior(LCA) é a lesão cirúrgica mais frequente em atletas praticantes de esportes .

O mecanismo para ruptura do LCA se dá por movimentos de torção em que a pessoa fica com o pé travado no chão e gira o corpo sobre o joelho. Como consequência da lesão, a tendência é o paciente sentir o joelho solto, instável.

Mas será que isso torna a cirurgia uma indicação absoluta para todos com a lesão do LCA?

Antes de tudo ,é importantíssimo saber dos sinais clínicos que o paciente apresentará:

– Sintomas na fase aguda (normalmente nas primeiras três semanas do ENTORSE)

– dor geralmente moderada a intensa

– derrame articular -“inchaço” (na maioria das vezes ocorre a presença de sangue dentro da articulação)

– restrição do movimento de extensão e flexão do joelho

– instabilidade

Nessa fase (inflamação exuberante), o mais sensato é aguardar , e NÃO indicar cirurgia. Caso o paciente tenha indicação cirúrgica , convém reestabelecer antes : MOBILIDADE, diminuir o INCHAÇO, e principalmente melhorar a DOR. Cirurgia nesse momento, pode acarretar em um aumento de chance de ARTROFIBROSE(condição a qual o joelho fica com uma “RIGIDEZ” de movimento, principalmente para ESTICAR a perna).

Após essa fase,deverá ser determinado o tratamento definitivo, CIRÚRGICO ou não CIRÚRGICO , baseado nas queixas do paciente:

INSTABILIDADE (sensação de falseio relatado pelo paciente aliado a testes do exame físico, considera-se como o fator mais importante);

IDADE (apesar de ser muito relativo, pacientes mais JOVENS tendem a ter atividades físicas de MAIOR exigência);

DEMANDA FUNCIONAL(mais importante que a idade, certamente é analisar o estilo de vida desse paciente ,como as atividades físicas do seu cotidiano , esportes que pratica, tipo de trabalho , sedentarismo , obesidade…);

Na minha prática clínica , a maioria das pessoas que atendo , são esportistas , jovens e ativos e por consequência com sintomas de INSTABILIDADE . Por isso é muito comum na maioria dos casos indicar a CIRURGIA, mas sabemos que nem sempre esse deve ser o tratamento escolhido. Este deve ser INDIVIDUALIZADO!

Uso de colágeno: Afinal funciona ou não?

A osteoartrite (degeneração articular) é uma condição clínica que cursa com dor articular e o número de casos tem aumentado, diretamente relacionado com o envelhecimento da população mundial.

É uma condição que impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas.

O tratamento normalmente é sintomático, usando medicamentos como antiinflamatórios e corticóides.

Estudos tem apontado que há benefício na suplementação de colágeno para os pacientes acometidos com osteoartrite – permitindo que seja retardada a progressão da degeneração e reduzindo inflamação local e consequentemente a dor.

Mas vamos entender melhor algumas dúvidas e “confusões” que as pessoas fazem a respeito da suplementação com colágeno: existem vários tipos de colágenos,sendo o colágeno I, II, e III ,os mais estudados;

O colágeno é uma PROTEÍNA (macronutriente,definida por um conjunto de aminoácidos através de ligações peptídicas).Quando suplementa-se colágeno via oral,ao passar pelo estômago,ocorre o processo de hidrólise(quebra da proteina de colágeno,para que a seguir possa ser assimilada no intestino,na forma de aminoácidos). Assim , infelizmente, não podemos achar que quando tomamos colágeno, ele será absorvido como colágeno, e este irá diretamente atuar na sua cartilagem, já que este foi quebrado em aminoácidos. Desta forma, após a absorção desses aminoácidos, seu corpo irá formar proteínas quaisquer ,conforme sua necessidade e não necessariamente o COLÁGENO;

O colágeno comprovadamente mais eficaz pelos estudos para benefício da cartilagem articular, é o colágeno Tipo 2(e existe um tipo já patenteado com os melhores resultados a ser considerado para uso, o UC2,este é um colágeno não desnaturado-não hidrolisado-,extraído a baixas temperaturas das cartilagens de frango), sendo seu PRINCIPAL mecanismo de ação, uma sinalização IMUNOLÓGICA e modulação da INFLAMAÇÃO a nível intestinal.(e nãooooo!! porque seu corpo absorve esse colágeno, como explicado acima);

Outros tipos de colágenos, como colágeno hidrolisado e peptídeos de colágeno têm pouco comprovação científica para melhora de sintomas articulares.